Na noite do dia 26 de novembro, o Presidente do Sindicato dos Madeireiros do Extremo Norte de Mato Grosso (SIMENORTE), Ednei Blasius, esteve em Colombo (Curitiba) representando o setor de base florestal, o Fórum Nacional de Atividade de Base Florestal (FNBF), como membro da Diretoria do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Mato Grosso (CIPEM).

Foi realizado um seminário no Estado do Paraná sobre os Desafios do setor florestal e oportunidades de pesquisa e inovação.

A EMBRAPA tem desenvolvido projetos em busca de inovação e desenvolvimento do setor.

Em Mato Grosso, o setor de base florestal representa a terceira economia do Estado e tem grande importância no desenvolvimento econômico e social, por meio das arrecadações tributárias e da geração de empregos.

O Manejo Florestal é provavelmente a atividade de uso da terra mais fiscalizada e monitorada. Além de ser a única atividade relacionada ao uso da terra que mantém a cobertura florestal praticamente intacta.

A Indústria de base florestal representa a base da economia de 44 municípios mato-grossenses. No Estado há 3,7 milhões de hectares de área de manejo. Até 2030 a perspectiva é chegar a 6 milhões.

Durante o seminário, foram expostas sugestões de demandas que podem ser estudadas pela EMBRAPA.

O corte. Continuar o trabalho já iniciado, abrangendo mais microrregiões, mantendo o corte das principais espécies madeireiras usadas comercialmente em manejo.

Continuar a identificação do padrão de crescimento das espécies, já iniciado, das madeiras de interesse comercial, abrangendo mais espécies.

Avaliar a capacidade de recuperação das florestas em contraposição aos ciclos de corte. De acordo com a base científica, analisar o ciclo de corte.

Desenvolver sistemas alternativos de manejo. Propor aos órgãos fiscalizadores como a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA) e o Ministério do Meio Ambiente, novos modelos de manejo, mais realistas e flexíveis. Um dos principais objetivos é desenvolver um programa de identificação botânica para as principais espécies madeireiras da região por microrregião e municípios, consolidando parcerias com herbários oficializados. Diante desse contexto, reduziria dúvidas dos órgãos ambientais sobre a identificação das espécies.

Indústria, mercado e sustentabilidade. Para manter o equilíbrio entre o manejo e as indústrias, de forma transparente aos órgãos fiscalizadores, foi levantada a importância da identificação do coeficiente de rendimento volumétrico para as principais espécies. Desenvolver protocolos que permitam a nova entrada na floresta de acordo com o seu potencial e não apenas com ciclos fixados arbitrariamente e distanciados da realidade econômica da floresta.

No âmbito da Legislação, há a necessidade de um auxilio no aprimoramento da legislação florestal regional.

Finalizando, os resíduos. Uma das questões que ainda estão sendo estudadas sobre sua utilização, como destinar.